Para o Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba (Setransp) e a Metrocard, que representa empresas de ônibus da Região Metropolitana, o transporte coletivo não é o vilão do aumento de casos de coronavírus no município. Em nota divulgada nesta sexta-feira (19), as duas entidades rebatem o posicionamento de Camilo Turmina, presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), que chegou a dizer que os ônibus são o principal foco de disseminação da pandemia.
“O transporte coletivo estava funcionando com a covid-19 controlada. A curva mudou quando a atividade foi sendo retomada e muitos aproveitaram para abrir seus negócios, não respeitando o horário estipulado de funcionamento. Isso causou aglomerações e a culpa, em vez de ser no modo errado de utilização do transporte, cai sobre quem está prestando um serviço essencial”, dizem as entidades em nota.
O sindicato lembrou na nota que os ônibus fazem um serviço essencial e levam profissionais da saúde para o trabalho, que lutam contra a pandemia para salvar vidas. Para a Setransp, as acusações feitas pelo presidente da ACP de que o transporte coletivo seja o principal vilão na pandemia não tem qualquer embasamento. “A cada semana, arvora-se a dar ‘soluções’ sobre o funcionamento do transporte coletivo, como se especialista fosse”, ironiza o sindicato.
Por fim, o Setransp e a Metrocard informaram que mantêm a frota de ônibus higienizada, cuidam de seus colaboradores, pedem a colaboração dos passageiros quanto ao uso inteligente do serviço e estudam todos os dias formas de evitar aglomerações. “Assim vão continuar, apesar das críticas infundadas. Juntas, as duas entidades, com seus colaboradores e passageiros, sairão mais fortes dessa crise”, finalizam.