A Associação Metrocard investe em soluções que ajudam a coibir ação de criminosos e atua no Comitê de Segurança no Transporte Coletivo
A falta de segurança é um dos grandes problemas que das grandes capitais e dos municípios de seu entorno. Em Curitiba, não é diferente. Por isso, a preocupação com a questão é uma constante de quem trabalha diretamente com o transporte, como é o caso da Associação Metrocard. Desde que começou a operar o sistema de bilhetagem eletrônica da Região Metropolitana de Curitiba em parceria com Transdata Smart, há pouco mais de dois anos, a empresa busca estratégias para inibir roubos e furtos, que podem colocar em risco a vida de usuários e profissionais envolvidos no transporte de passageiros.
De acordo com o presidente da Associação Metrocard, Lessandro Zem, muitas das estratégias passam pelo investimento em tecnologia, com amplas campanha de divulgação. “Incentivamos o uso do cartão Acesso Metrocard Mastercard, pois nele o usuário pode ativar a função pré-pago e depositar os seus recursos, sem a necessidade de portar dinheiro”, explica. Como o cartão produzido em parceria com a é pessoal e pode ser cancelado, as perdas financeiras são praticamente nulas.
Outro investimento tecnológico que ajuda a inibir a ação de assaltantes é o monitoramento dos ônibus, que permite que o passageiro só vá ao ponto do ônibus perto da hora em que ele vai passar. “Estamos estudando outras possibilidades de monitoramento, que fazem parte das discussões para definir soluções preventivas para a redução de assaltos e aumento da segurança no transporte público”. Algumas das estratégias são mantidas em sigilo para evitar o conhecimento por parte dos criminosos.
Soluções
A morte de um motorista que integrava o sistema do transporte metropolitano de Colombo, no dia 22 de julho, foi o ponto de partida para a criação do Comitê de Segurança no Transporte Coletivo, do qual a Metrocard participa de forma atuante. A opinião de que é necessário pensar em mais monitoramento em todos os terminais e dentro dos coletivos é unânime.
Por isso, a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) está trabalhando para solucionar um problema crônico do sistema: a falta de câmeras nos terminais da RMC. Porém, presidente da entidade, Omar Akel, garante já ter encaminhado um projeto para aprovação de financiamento da Caixa. “Há a previsão de instalação de 40 novas câmeras nos seis terminais do perímetro metropolitanos. Hoje nem todos têm e onde há, são poucas”. No lado das empresas, há uma intenção da instalação de câmeras dentro dos coletivos, o que ainda carece de um pouco mais de tempo para o projeto sair do papel.
Outra ideia defendida pelo comitê e apoiada pela Metrocard é a criação de uma Rede de Controle Centralizado, que seria centralizada na Secretaria de Segurança Pública e espelhada para a Associação Metrocard. O monitoramento constante não apenas inibe a ação, como também facilita o reconhecimento dos criminosos em caso de roubos, assaltos ou arrastões. “Também pretendemos distribuir material educativo e fazer palestras com cobradores e motoristas sobre comportamento preventivo”.
Enquanto tais providências não se materializam, o presidente da Metrocard lembra de alguns cuidados que o usuário deve ter, caso não consiga evitar uma ação criminosa. “As autoridades de segurança sempre reforçam a importância não reagir e de fazer o boletim de ocorrência para uma melhor definição das estratégias da ação policial. E investir no cartão pré-pago, em especial, é outra maneira de evitar perdas financeiras”, finalizou Zem.