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Por dentro da tarifa de ônibus: o que realmente determina o preço da passagem?

Gazeta do Povo - 08/07/2025

O sistema de transporte da região metropolitana de Curitiba custa mais de R$ 53 milhões por mês e atualmente carrega cerca de 5,3 milhões de usuários mensais pagantes. Com um valor médio de passagem de R$ 6 – ou R$ 5,50 no caso de pagamento no Cartão Metrocard –, nota-se que a operação requer outras fontes de financiamento para que seja sustentável. Essa discrepância explica a diferença entre dois conceitos que, muitas vezes, são incompreendidos: a tarifa pública e a tarifa técnica.

“A tarifa pública é aquela que efetivamente o passageiro paga para utilizar o transporte público. Já a tarifa técnica é aquela que calcula o valor para oferecer este serviço. Já há muitos anos aqui em Curitiba e na Região Metropolitana, existe um descompasso entre essas duas tarifas: o passageiro paga um valor, mas o serviço tem outro custo”, explica o coordenador de Business Intelligence (BI) da Metrocard, Anderson Oberdan.

Atualmente, esta diferença é coberta por outras fontes, em especial pelo governo estadual por meio de um subsídio. De acordo com a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), 32% do custo do transporte público no Brasil é atualmente coberto pelos subsídios. “Seria como a mão do governo que está ao lado da catraca. O passageiro paga R$ 5,50 ou R$ 6,00 e, por meio do governo, nossos impostos subsidiam a diferença para que o serviço de transporte público tenha modicidade tarifária, que seja acessível a quem precisa usar”, destaca Oberdan.

A busca pelo equilíbrio

Ao longo do segundo episódio do Metrocast desta temporada, Oberdan e o apresentador Jorge Serrão discutem as dificuldades que envolvem a gestão desse sistema rumo a um equilíbrio econômico-financeiro e operacional. “Balancear o quanto os serviços custam e o grau de subsídio necessário para uma oferta de serviços de qualidade é o desafio a ser enfrentado”, afirma Oberdan.

O custo de um sistema de transporte se baseia no horário de pico, quando a grande maioria dos passageiros necessita dos ônibus ao mesmo tempo. “Todo sistema de transporte de passageiros tem esta característica. Para que a concentração seja menor, um escalonamento dos horários de entrada no trabalho em diferentes setores poderia ser uma solução: fábricas às 7 horas, lojas às 9 horas, bancos às 10 horas, por exemplo”, analisa Oberdan.

Assista o vídeo e entenda mais detalhes que envolvem a composição da tarifa de ônibus, incluindo quais são os componentes que mais pesam em seu valor.

Até o próximo Metrocast!

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